Enquanto cães pedem coisas para humanos, porquinhos vão atrás do que querem, indica estudo

Enquanto cães pedem coisas para humanos, porquinhos vão atrás do que querem, indica estudo
Enquanto cães pedem coisas para humanos, porquinhos vão atrás do que querem, indica estudo (Foto: Christopher Carson/Unsplash)

De acordo com um novo estudo, ao contrário dos cães, os porquinhos criados como animais de estimação não tinham a capacidade de se comunicar com seus donos, mantendo seus instintos e indo atrás do que querem.

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Para a pesquisa, publicada na revista Scientific Reports, os cientistas decidiram determinar se os porcos têm a capacidade de comunicação referencial. Isso denota a capacidade de direcionar a atenção de outro indivíduo para um objeto específico, assim como os humanos fazem quando apontam para algo.

“Embora saibamos que os cães são especialmente habilidosos na comunicação com os humanos, outros animais como cavalos, gatos e até cangurus podem se comunicar referencialmente conosco”, explicou Paula Pérez Fraga, autora do estudo, em um comunicado.

Crucialmente, todos esses animais dependem muito da comunicação visual ao interagir com outros membros de sua própria espécie. Os porcos, no entanto, não fazem uso da comunicação visual, levando os autores do estudo a questionar se essa espécie inteligente tem a capacidade de apontar objetos de interesse.

Os pesquisadores decidiram comparar as capacidades de comunicação referencial de porcos e cães que foram socializados e criados como animais de estimação desde o nascimento.

Os animais foram colocados em uma sala junto com seu dono, uma recompensa de comida que foi trancada dentro de uma caixa, ou ambos, seu dono e a guloseima inalcançável.

Sabendo que seu dono poderia facilmente abrir a caixa e pegar a comida para dar para ele, pode-se esperar que um animal de estimação comunicativo tente direcionar a atenção de seu dono para as guloseimas presas.

Os cães mostraram um aumento na comunicação referencial quando na presença de seu dono e da comida, sinalizando para seu companheiro humano abrir a caixa. No entanto, os pesquisadores não encontraram nenhum padrão comportamental semelhante indicativo de função comunicativa referencial em porcos.

“Depois que o pesquisador escondeu a recompensa, apenas os cães tentaram mostrar aos donos onde ela estava”, disse Attila Andics, autor do estudo. “Os porcos, ao contrário, apenas tentaram encontrar o caminho para fazer isso sozinhos.”

Os pesquisadores explicaram que a falta de comportamentos comunicativos referenciais em porcos não é causada por uma ausência geral de comportamentos comunicativos orientados para humano. “[Esse comportamento] estava presente, confirmando uma prontidão comparável das duas espécies para atender espontaneamente aos humanos.”

Apesar disso, a aparente incapacidade dos porcos de estimação de se comunicar referencialmente ao tentar obter comida “indica sua falta de prontidão para fazê-lo”, de acordo com os autores do estudo.

Em outras palavras, apesar de todo o treinamento doméstico, os porcos são teimosos demais para pedir ajuda ao dono e preferem persistir em tentar pegar a comida sozinhos.

Isso sugere que a domesticação ou a intensa socialização humana não são suficientes para que a comunicação referencial orientada para humanos surja em mamíferos sociais e que outras características de espécies pré-existentes, como a dependência de sinais sociais visuais em interações intraespecíficas, podem ter um papel mais determinante.

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